Friday, April 19, 2013

Museu de Historia Natural e MOMA

(sem cedilhas e acentos)
Dia de clausura! Num dia reduzido a duas partes (tres se se contar com o jantar que fizemos no nosso apartamento com os nossos amigos), o dia comecou cedo no Museu Nacional de Historia Natural. Assim como qualquer museu de historia natural, uma vistoria completa leva sempre dois dias. Nos apenas fizemos 3h30, mas confesso que mais tempo dentro deste museu seria dificil. As pernas ameacavam ceder, os ombros doiam e as costas reclamavam por uma postura concava que as permitisse relaxar...O museu acabou por se revelar uma desilusao! Nao pela sua qualidade, que era abundante, nao pela sua 'personalidade' que ate era bastante humilde (o museu comunicava de forma regular as suas reservas face as explicacoes que concedia para explicar certos fenomenos da natureza), mas sim face as expectativas.

O primeiro check da folha do meu amigo Formiga revelava-se entao um amargo de boca. Afinal, o tao aguardado esqueleto do T-Rex que varias conversas suscitou nos dias anteriores tem apenas um quarto do tamanho do que as nossas cabecas e conviccoes tinham prometido. Este facto, aliado a todos os fatores fisicos acima descritos deixou-nos tristes.

Apos uma hora preenchida com transfers e um caotico almoco na rua, entramos gratuitamente no MOMA (as sextas, a partir das 16h, este museu e gratuito).

Sendo as expectativas tao altas quanto possivel, este museu concentra num quarteirao paginas e paginas dos livros de historia da nossa infancia. Senhores como Picasso, Dali, Munch, Cezanne, Van Gogh, Monet, Matisse, Mondrian e a senhora Frida Khalo competem pela atencao e pela fotografia da multidao que torna a visita ao museu semelhante a uma aventura natalicia no centro comercial Colombo. Levantamos varias vezes a questao: para que tirar uma foto a um quadro? e uma foto com um quadro? porque fotografar todas as placas? para depois ver o museu que nao conseguiram ver, em casa?
Este museu retrata bem o ambiente avassalador que se vive em NY. O melhor dos melhores que tem tudo de todas as maneiras. A qualidade e tanta, a informacao vem de tantos lados, as luzes piscam com tanta velocidade e resolucao que se perde muita atencao no simples enxergar da realidade. Observar tranquilamente enquanto se reflete torna-se desconfortavel e de dificil execucao.

Com seis pisos distribuidos pela pintura (em clara maioria), fotografia, escultura, desenho e tecnologia, o MOMA mostrou-me um novo artista: Fernand Leger!

Os quadros sao, sem duvida, impactantes. Sao belos, importantes, grandes, coloridos, mas tambem solitarios, estrondosos, simples e monocromaticos. E um sitio a voltar, mas para a proxima, talvez nao va no dia gratuito. Sao demasiadas perolas para as partilhar com tantos porcos (assumo a arrogancia!).

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